5 de abr. de 2009
>>> O Diário de Rodrigo
Capítulo I: Hoje sou eu?
Eu me chamo Rodrigo e a partir de hoje gostaria de contar um pouco da minha vida.
No dia 5 de agosto de 1991 nascia uma criança rosadinha, risonha e muito feliz.
Esse mais novo membro da Família Mendez - tradicional na cidade de Guarapari,ES- continuava a perpetuação da nova geração daquela gente e do seu sobrenome.
O tempo passou e cerca de mais ou menos 17 anos,eu já me tornara quase um homem. Sabe, eu sempre fui muito certinho, seguia sempre as régras, era bom aluno e me sentia bem com isso tudo. Na infância eu era gordinho, baixinho em relação aos amigos e bem humorado também. Fui muito trânquilo, não dei tanto trabalho aos meus pais- sendo que as vezes eu gostaria de ter feito-me mais presente- e adorava estar com a família reunida.
Mas voltando, hoje é o primeiro dia de aula, que por sinal será o último dia em que eu falarei que será o último primeiro dia na escola ou de aula. Vocês entenderam? Ah, deixa pra lá. Eu inicio hoje o terceiro ano do ensino médio. Esperava muito pela chegada desse momento. Quase maior de idade, sem preocupações, só festa, muitas gatinhas... opah! Mais da metade do que tinha dito anteriormente eram meras ilusões. Quase nem dormi na noite anterior, ansiedade, de que não sei direito. Volta e meia eu sentia essas coisas. Resultado, acordei atrasado. Sai correndo, mal tomei café da manhã e a sorte foi que a escola não era muito longe da onde eu moro.
Ao chegar tratei logo de achar alguns velhos amigos - os mais velhos amigos que eu tinha naquele momento eram resultados dos últimos três anos, em que mudei de colégio- e me juntei sem pensar.
A cena era a seguinte: muito gente se abraçando, contando as novidades, gatinha novatas e um clima bom para o início. No início é sempre assim. Encontrei o resto da galera, que saudade que eu senti. Abracei forte a Antônia - esta foi a menina mais legal que eu conheci desde que me mudei pra lá; ela era branquinha, cabelos cor de mel, olhos pequenos e uma personalidade forte; daquelas duronas mesmo que não gostam de brigar mas quando brigam sai... porque se não o bicho pega - e em seguida vi a Marina chegando - está daí era a menina, inteligente, gente boa, boa praça, mas que sabia a hora certa de agir e se fazer presente.
O dia passara rápido, coisa que mal senti e logo estava com a tarde livre pra aproveitar.
Porém, a preguiça uma amiga próxima me apertou forte pra caramba e acabei dormindo.Pela noite resolvi dar uma volta pela orla da praia. Sentei-me num banquinho predileto meu e vi o mar, senti a brisa. Comecei a pensar em mim e fiz um balanço.
Em toda minha vida eu observei demais a vida das pessoas a minha volta, como se aquilo tudo fosse um filme em que eu não estava no elenco. Me sentia solitário as vezes, diferente... quase um ser de outro mundo. Na vida profissional - se é que eu tinha alguma, ao menos acredito que tivesse - eu tinha arranjado empregos legais, ganhava meu dinheiro, eu sei que era pouco mas era meu. Na vida amorosa, não tive muito sucesso. Sempre fazia tudo errado, era desastrado, desajeitado e risonho quando nervoso. Como pode ser em pleno século 21 - onde tudo está mais fácil, rápido e prático - um garoto de 17 anos, que já trabalhava mas que guardava grandes segredos... um deles... ser b.v. As vezes eume sentia um lixo por isso, achava que todos eram melhores que eu. Não sei se vocês me entendem, mas sabe aquela hora em que até o giga nerd da sua sala- é esse mesmo que usava fundo de garrafa, tinha dentes trepados e avantajados sem falar do cabelo lambido pela vaca, credo - já pegara uma mina e ficou com ela a noite toda. Pra terminar ficava no fundo, mas bem no fundo, rindo da sua cara e escrevendo bem assim pra você:
TROUXA!!!
Pois é, era assim que eu me sentia. Todos os meus amigos enchiam o saco, me zuavam até a alma e eu só na esportiva. A única coisa que acalmava era o fato de me sentir maior que tudo isso, saber que na hora certa saberia agir, saberia conquistar uma gata. Ah e sem falsa modéstia eu arrebentava na dança, dançava fácil e só agarrava as melhores em todas as festas que ia - mas que no final nenhuma destas queria alguma coisa comigo.
Ouvi um barulho esquisito e um perfume pairavava pelo ar da praia. O barulho era um cachorro sem dono pisando nas folhas secas e o perfume...ahh o perfume era familiar. Pois bem, quando olho pro início da orla, quem que estava se aproximando? Era a Lhaíz... e o resto... eu conto numa outra oportunidade!
Vlw!!
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