Quem nunca mudou de humor ao ver uma pequena criança sorrir pra você em um dia onde as coisas não iam bem? Ou se sentiu melhor em ajudar alguém? Que dirá ver um casal de namorados juntos - com todo o melodrama que neles se encontram - andando de mão dadas felizes da vida?
Pessoas...ah pessoas! O que seria do mundo sem elas?
Sempre me peguei observando muito as pessoas, suas reações e composições. É tão bonito ver que elas sempre fazem as mesmas coisas quase todos os dias, incansavelmente por vezes sem nem se darem conta do que fazem. Quantas vezes você toma banho em um ano? Ou toma café todas as manhãs? Sai com os amigos?
Namora? Dança? Quantas e quantas vezes você vai se apaixonar? E quantas outras vai chorar se um dia esse relacionamento acabar? E quantas mais vai levantar a cabeça e tentar novamente?
Pessoas sempre me encantaram. Sejam por suas qualidades. Seus defeitos. Emoções e maneiras de viver a vida. Pelos momentos felizes, como casamentos ou nascimentos de novos pequeninos. Ou simples também como um pôr-do-sol no fim das tardes, acompanhado de alguém se ama.
A vida me ensina a cada dia que viver é uma arte. Arte feita de altos e baixos. Chegadas e partidas. Coisas a serem entendidas. Ou simplesmente sentidas.
Sempre pensei que
"quando eu fosse grande" resolveria meus problemas com objetividade e sorriso no rosto. Me apaixonaria por aquela menina de olhos castanhos, com narizinho de batata e cabelos pretos. A amaria mesmo que ela não me amasse. Meu amor teria o poder de transformar seu coração e me deixar morar dentro do dela. Pensei que muitos amigos me rodeariam. Nunca se esqueceriam de nossa amizade. Acreditava em papai Noel. Desconfiava que o Coelhinho da Páscoa fosse parecido com um senhor baixinho, barrigudo. A cara do meu pai. Mas sempre fui mais esperto do que os dois. Fingia que acreditava que um não era o outro mesmo quando um corria mais rápido do que o outro pra arrancar as orelhas na cabeça e tropeçar no final do corredor dizendo que estava tudo bem.
Criança... tempo bom que não volta mais. Foram bem vividos mas não retornam. O mais próximo que podemos chegar é nunca deixar a alma envelhecer. Mesmo com muitas primaveras de vida, um sorriso vai te transformar em jovem novamente.
Daí você percebe que a menina de nariz de batata cresce também e faz uma cirurgia plástica onde no final ela exibirá para todos o seu nariz arrebitado e novinho em folha. Que seus cabelos tem uma outra cor não definida devido aos vários tratamentos químicos que ela utilizou. Percebe ainda que o seu amor não foi o bastante para satisfazê-la, apareceu outro cara que mexeu com ela. E o seu amor tão grande fica para a próxima que aparecer. Descobre que Papai Noel não existe. É um (cruel) mito. E o coelhinho da Páscoa é outro... na pele de seu pai mas que também nunca se viu realmente. Desconfio que quem inventou essa figura faltou na aula de ciências, pois que tolice...coelhos são mamíferos!
Racional demais essas teorias que derrubam as ilusões das crianças. Mas que não têm mal nenhum em ser contadas pra mim, pra você e possivelmente pros nossos descendentes. Que mal há em fazer uma criança sorrir?
Pessoas...
Confesso que tenho medo sim do que o meu futuro me reserva. A vida mesmo prega cada peça na gente. Nos faz passar por caminhos tortuosos. Nos deixa triste. Nos faz chorar. Mas essa mesma vida nos dá uma página branca a cada dia para ser escrita. Nos faz ter o poder de começar e terminar ciclos. Viver momentos felizes. Amar e ter vontade de sempre querer amar mais e mais...
Voltando às pessoas...
Fascinante ver o que elas podem fazer. Inventos mirabolantes como esse organizador, meio pelo qual você está lendo esse texto, provavelmente ouvindo uma música de fundo e fazendo milhões de outras coisas mais ao mesmo tempo.
Ou mesmo sobre essas letras da música que estás a ouvir... alguém a pensou...provavelmente dedicou a alguém (ou à alguma). Demorou anos de uma carreira pra ficar pronta...tsch!! Complicado mas é verdade!
Ainda que eu falasse todas as línguas, visitasse todos os países e continentes... sempre haverá alguém especial. Do qual eu ainda não vi, mas que faz a diferença na vida de outras pessoas. Pessoas são assim mesmo... tem dons perpetuados por todos os lados. Mas todos únicos...
Pessoas... ah pessoas!!